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JACOTEI

sexta-feira, 26 de março de 2010

História


Martírio de Pedro e Paulo em Roma

Alguns historiadores têm argumentado que a noção de que Pedro fundou a igreja de Roma não pode ser rastreada antes do século III. No entanto, Clemente de Roma escreveu em uma carta aos Coríntios, c. 96 sobre a perseguição dos cristãos em Roma, relatando aos corintianos que os apóstolos Pedro e Paulo foram martirizados no local.[29] Santo Inácio de Antioquia escreveu logo após Clemente da cidade de Esmirna e em sua carta para os romanos, relata que eles deviam chefiá-la como Pedro e Paulo fizeram. Entre os anos 166 e 176, o bispo de Corinto, Dionísio, relatou claramente que Paulo e Pedro pregaram o Evangelho em Roma. Posteriormente os escritos de Irineu de Lyon, escritos em torno de 180 d.C. indicam uma forte crença de que Pedro "fundou e organizou" a Igreja em Roma. Tendo em conta esta e outras provas, muitos estudiosos concluem que Pedro foi de fato martirizado em Roma durante o reinado de Nero.

Cristianismo primitivo (c. 30-325)



A Sé de Roma foi reconhecida nos três primeiros séculos do cristianismo como tendo uma proeminência em questões relacionadas aos assuntos da Igreja universal, sendo que o Bispo de Roma auxiliou na propagação do cristianismo e interveio em outras comunidades para ajudar a resolver conflitos doutrinários, sugerindo o exercício da primazia papal. O Papa Clemente I no final do século I escreveu uma epístola à igreja em Corinto, na Grécia, intervindo em uma disputa importante, e se desculpando por não ter tomado medidas anteriores, embora em Éfeso ainda vivesse o apóstolo João, e outras comunidades possuisem relações mais freqüentes e fáceis com Corinto. No principio do século II, Santo Inácio relata que aqueles que "presidem a região dos Romanos, são dignos de Deus, dignos de honra, dignos da mais alta felicidade, digno de louvor, digno de sucesso, dignos de ser considerados santos, e que presidem no amor, mantendo a lei de Cristo, portador do nome do pai, assim Roma exercia uma "presidência no amor" entre as igrejas cristãs. A liderança romana também era evidente em suas esmolas às igrejas pobres e na luta contra gnósticos e montanistas na Ásia Menor. No final do mesmo século, Policarpo, bispo de Esmirna tenta persuadir o Papa Aniceto, para que ele estabelecesse uma data comum da Páscoa entre o Oriente e Ocidente, embora Aniceto tenha rejeitado a sugestão, alguns anos depois o Papa Vítor I ameaça de excomunhão os bispos orientais que continuarem praticando a Páscoa em 14 de Nisã, Irineu na mesma época, enfatizou a posição única do papa. No século III, o Papa Cornélio I convoca e preside um sínodo de 60 bispos africanos e orientais, e seu rival, o Antipapa Novaciano afirma ter “assumido a primazia”.

Alexandria e Antioquia também eram centros importantes para o cristianismo e seus bispos possuíam jurisdição sobre certos territórios. Muitos historiadores tem sugerido que seus poderes especiais provieram do fato de que as três comunidades foram chefiadas por São Pedro (Roma e Antioquia foram, segundo a Sagrada Escritura e Tradição fundadas por Pedro e Alexandria por seu discípulo São Marcos)

Primeiro Concílio de Niceia e Grande Cisma do Oriente (325 - 1054)



Após a publicação da Édito de Milão em que condeceu liberdade para todas as religiões, iniciando-se a Paz na Igreja, o Primeiro Concílio de Niceia () oficializa em seu cânon sexto os poderes especiais de Roma, assim como Alexandria e Antioquia. Enquanto no Oriente o poder civil controlou a Igreja e o bispo de Constantinopla baseava seu poder no fato de ser bispo da capital e por ser um homem de confiança do Imperador, no Ocidente o bispo de Roma pôde consolidar a influência e o poder que já possuía.

O Papa Gregório, o Grande (c 540-604) representa teologicamente a mudança da perspectiva clássica para a medieval, seus escritos tratam sobre milagres, demônios e anjos. No século VIII buscando proteção contra os lombardos, o Papa Estevão II apelou para os francos para proteger a Igreja,[22] Pepino, o Breve subjugou os lombardos e doou terras italianas ao papa, formando os Estados Pontifícios.[22] Quando o Papa Leão III coroou Carlos Magno (800), os próximos imperadores passaram a ser ungidos por um papa, como demonstração de fidelidade e respeito a Igreja.

Durante o período de 867-1049 os papas envolveram-se em lutas com diversas facções políticas, e em alguns casos foram assassinados ou depostos. Em 1054 os legados romanos do Papa Leão IX, viajaram para Constantinopla para insistir no reconhecimento da primazia papal, o patriarca de Constantinopla se recusou a reconhecer sua autorida e se excomungaram mutuamente, posteriormente a separação entre Ocidente e Oriente se desenvolveu quando todos os outros patriarcas orientais apoiaram Constantinopla, no evento do Grande Cisma.

Idade Média



Na Idade Média os papas desempenharam um papel essencial na Europa Ocidental, muitas vezes, lutando com monarcas poderosos. A partir de 1073, o Papa São Gregório VII, inicia a Reforma Gregoriana, que tenta extinguir abusos de poder por parte de bispos, e a corrupção clerical, baseando-se em ideais ascetas e monásticos[68].

De 1309 a 1377, o papa não residia em Roma, mas em Avignon. Quando o papa voltou a Roma de Avignon, um antipapa foi instalado em Avignon, culminando no Grande Cisma do Ocidente (1378-1417), posteriormente a divisão foi resolvida com a eleição do Papa Martinho V[70]. O prestígio da Santa Sé foi profundamente afetado com esta crise, o que causou a criação da doutrina conciliar, que sustenta que a autoridade suprema da Igreja encontra-se com um concílio ecumênico e não com o papa, sendo efetivamente extinta no século XV.

Idade Moderna e Contemporânea

A Reforma Protestante iniciada a partir de 1517, desconsideraria diversas doutrinas e dogmas católicos, e provocaria os maiores cismas do cristianismo. Como retaliação os papas instituíram a Reforma Católica (1560-1648), que lutou contra as contestações protestantes e instituiu reformas internas. O evento mais significativo da reforma católica foi à convocação do Concílio de Trento (1545-1563), pelo Papa Paulo III (1534-1549). O mesmo papa foi profundamente preocupado com questões sociais, promulgando em 1537 a bula Sublimus Dei, pela qual condena a escravidão dos índios nas Américas, considerando-os como autênticos seres humanos.

No século XVII, após a ascensão de Napoleão Bonaparte e a eclosão das Guerras Napoleônicas, os Estados Pontifícios foram ocupados e extintos pela França, as revoltas do povo romano contra os franceses foram esmagadas e o Papa Pio VII preso em Savona e depois na França. Com o Congresso de Viena, os Estados Pontifícios foram recriados, e extintos novamente em 1870 por Victor Emmanuel II, no âmbito da unificação da Itália, iniciando-se a Questão Romana. No mesmo ano o Concílio Vaticano I proclamou o primado e infalibilidade papal como dogma

Em 1929, o Tratado de Latrão assinado entre a Itália e o papa Pio XI estabelecem a independência do Vaticano, como cidade-estado sob controle do papa, utilizada para apoiar sua independência política. O Concílio Vaticano II reunido nos anos 60, modernizou o papel e a ação da Igreja na sociedade, após sua conclusão, o Papa Paulo VI e seus sucessores, especialmente o Papa João Paulo II, passaram a ser conhecidos como os "papas peregrinos", viajando para diversas partes do mundo e dedicando-se ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso, a trabalhos de caridade e a defesa dos direitos humanos.

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